Como é o tratamento?
O tratamento das úlceras de perna deve visar a cura do doença causadora e a cicatrização da lesão.
As lesões devem ser tratadas com curativos simples e cuidados rigorosos de higiene Dependendo da causa, empregam-se medicamentos como analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e vasodilatadores.
Em alguns doentes, apesar de o tratamento adequado, a lesão evolui cronicamente, arrastando-se por longo tempo Para obter a cicatrização mais rápida, tanto nos casos rotineiros como nos casos crônicos, a indústria farmacêutica desenvolveu uma série de curativos fechados, tendo como modelo a antiga bota de Unna (um curativo feito com sucessivas camadas de bandagens, óxido de zinco, gelatina e glicerina, até se tornar rígido). Esses curativos fechados são formados por gases e esponjas absorventes impregnadas de medicamentos ou novos produtos constituídos por aglomerados de alginatos (um tipo de sal) carvão ativado ou hidrocolóides (um tipo de preparo de material). Existem também os curativos bioativos obtidos por engenharia genética ou pele sintética. Nesses casos, a pele é criada em laboratório, isto é, cultivada em tubos de ensaio para ser posteriormente usada.
Na úlcera varicosa, após sua cicatrização, deve-se operar as varizes. Quando o paciente não tem condições clínicas para ser submetido à cirurgia ou apresenta seqüelas das flebites profundas, estará indicado o uso de meias ou faixas elásticas.
Nas úlceras isquêmicas deve-se controlar a pressão arterial e o diabetes, quando presente, além de utilizar drogas analgésicas (para combater a dor) e ativadoras da circulação cutânea. No caso de haver obstrução das artérias maiores, pode ser necessária operação de revascularização do membro por desobstrução da artéria, angioplastia (dilatação) ou com colocação de ponte de safena ou de material plástico conforme o caso.
As infecções podem ser causa ou complicação das úlceras de perna. Devem ser tratadas com antibióticos por via oral ou sob forma de injeções, escolhidos, sempre que possível, com base em cultura da secreção da lesão e antibiograma. A utilização de antibióticos locais deve ser evitada, pois podem favorecer o desenvolvimento de bactérias resistentes.
Cicatrizes desfigurantes, alterações da capacidade funcional do membro, e surgimento de câncer na úlcera.
Evitar fórmulas e remédios caseiros, que podem agravar o problema.
Fotos: Silberto Alves.
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