quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Hipertensão


Como a pressão arterial se altera durante o dia? A pressão arterial varia durante o dia dependendo da sua atividade. Ela aumenta quando você se exercita ou quando está excitado e diminui quando você está relaxado ou quando dorme. Até mesmo a postura, sentado ou em pé, influencia a pressão arterial. Este é o motivo pelo qual os médicos devem aferir várias vezes a pressão arterial para firmarem corretamente o diagnóstico de hipertensão arterial.
 
Como saber se a pressão é alta? A maioria das pessoas que têm pressão alta não se queixa de nada. Daí chamarmos a pressão alta de assassina silenciosa. Às vezes, dor de cabeça, tontura e mal-estar podem acontecer em quem tem pressão alta, mas é comum que, quando a pessoa sente alguma coisa diferente a pressão alta já danificou o seu organismo.
 
A única maneira de saber se a pressão está normal é medi-la. O ideal é medir a pressão pelo menos a cada seis meses ou com intervalo máximo de um ano. Assim, quando a doença aparece, logo se faz o diagnóstico.
 
A pressão arterial pode ser medida com qualquer aparelho? Existem diferentes aparelhos de medida de pressão. Os mais comuns são os aneróides, que são portáteis e parecem um relógio com ponteiro. Nos hospitais, geralmente são utilizados os aparelhos de coluna de mercúrio com rodízios.
 
Atualmente, também são muito utilizados os aparelhos automáticos, principalmente para medida da pressão em casa. Esses novos equipamentos permitem que a pessoa meça a própria pressão. Todos esses aparelhos são bons, desde que a calibração seja verificada a cada seis meses ou, no mínimo, a cada ano.
 
Deve-se usar a braçadeira de acordo com o tamanho do braço do indivíduo. Braços mais finos precisam de braçadeiras mais estreitas, e braços largos, como de pessoas obesas, necessitam de braçadeiras mais largas. Os aparelhos que medem a pressão pelo dedo ou pelo pulso ainda não são considerados confiáveis.
 
O que significa a medida da pressão arterial? Quando sua pressão arterial é medida, dois números são anotados, tais como 140/90. O maior número, chamado pressão arterial sistólica, é a pressão do sangue nos vasos, quando o coração se contrai, ou bombeia, para impulsionar o sangue para o resto do corpo. O menor número, chamado pressão diastólica, é a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole).
 
Qualquer pessoa pode medir a pressão? Qualquer pessoa pode medir a pressão, desde que seja treinada para isso. Os profissionais da área de saúde são os mais indicados para essa atividade. Medir a pressão das pessoas em campanhas serve para alertá-las sobre o problema da pressão alta. Caso sua pressão se mostre elevada quando medida numa campanha, elas devem procurar um médico para confirmar este valor.
 
As pessoas também podem medir a própria pressão: em ambiente quieto, calmo, após repouso de 5 minutos, com o braço no qual fará a medição apoiado em uma mesa na altura do coração, as costas apoiadas na cadeira e os pés encostados no chão. A bexiga deve estar vazia e a pessoa não pode ter fumado, se alimentado ou ingerido café pelo menos 30 minutos antes da medida.
 
Como deve ser medida a pressão arterial? A medida deve ser feita com esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou aneróide devidamente calibrado, de acordo com o procedimento para a posição sentada com os seguintes passos:
 
- Explicar o procedimento ao paciente;
- deixar o paciente descansar 5-10 minutos em ambiente calmo;
- certificar-se que o paciente não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, alimentos ou café 30 minutos antes da medida;
- localizar artéria braquial por palpação;
- colocar manguito adequado ao tamanho do braço, 2-3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial.
- manter o braço do paciente na altura do coração;
- posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide;
- palpar o pulso radial, inflar o manguito até seu desaparecimento, para estimar o nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 15-30 segundos antes de inflar novamente;
- posicionar campânula do estetoscópio sobre artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva;
- solicitar ao paciente para não falar durante a medida;
- inflar rapidamente, 10-10 mm Hg, por segundo, até o nível estimado da pressão sistólica;
- desinflar lentamente, 2-4 mm Hg por segundo;
- determinar pressão sistólica no aparecimento do primeiro som que se intensifica com aumento da deflação;
- determinar pressão diastólica no desaparecimento do som
- auscultar 20-30 mm Hg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e proceder à deflação rápida e completa. Quando os sons persistirem até o zero, determinar a diastólica no abafamento dos sons
- registrar os valores da pressão realmente obtidos na escala do manômetro, que varia de 2 em 2 mm Hg, evitando arredondar para valores terminados em zero ou cinco;
- esperar 1 a 2 minutos antes de realizar nova medida;
 
Automedição da PA: suas 4 vantagens  
1) distingue a hipertensão mantida da hipertensão do jaleco branco, condição observada em pacientes nos quais a Pressão Arterial é permanentemente elevada no consultório médico ou na clínica, mas normal em outros momentos;
2) avalia a resposta à medicação anti-hipertensiva;
3) melhora a aderência do pc ao tratamento;
4) reduz potencialmente os custos.
 
Quais fatores podem estar relacionados à pressão alta?  
- História familiar, pessoas que têm familiares com pressão arterial elevada têm maior chance de serem hipertensas. Se for o seu caso comunique ao médico.
-Idade; pressão alta ocorre na maioria dos casos em pessoas acima de 35 anos; o risco aumenta com a idade.
-Raça; a pressão alta é mais comum em pessoas de raça negra do que nas de raça branca.
-Sal; a ingestão excessiva de sal predispõe ao aumento da pressão arterial.
-Obesidade; pessoas com excesso de peso têm maior probabilidade de desenvolver a hipertensão. Procure saber qual é seu peso normal em relação a sua idade, altura e sexo e, se você estiver acima deste peso, consulte seu médico sobre um programa de exercícios e dieta adequado para uma perda gradual de peso.
-Diabetes; pessoas com diabetes muitas vezes também sofrem de hipertensão; esta combinação aumenta o risco de doenças cardíacas e renais.
-Abuso de álcool; estudos demonstraram que o abuso de álcool pode estar associado a pressão alta. O significado de abuso pode diferenciar de pessoa para pessoa, dependendo do peso, hábitos alimentares e hereditariedade.
-Vida sedentária; estilo de vida sem exercícios regulares aumenta a probabilidade de excesso de peso, significando um fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão.
-Cigarro; o hábito de fumar é um fator de contribuição para elevar a pressão arterial.
 
Por que a pressão arterial alta é um problema? A maioria das pessoas não apresenta sintomas. Por isso é chamada de doença silenciosa e “assassino silencioso”. Apesar da ausência de sintomas, pressão arterial elevada pode causar danos a seu corpo.
 
Controlando e Prevenindo a Hipertensão Controle periodicamente sua pressão arterial. Deixe de fumar. Minimize o uso de álcool. Mantenha seu peso ideal. Faça exercícios físicos sob orientação médica. Evite alimentos ricos em gorduras. Eles contêm grandes quantidades de colesterol, sendo prejudicial à sua saúde. Diminua o sal nos seus alimentos. Evite a tensão. Enfrente melhor sua vida. Você pode medir periodicamente sua pressão em unidade de saúde mais próxima de sua residência.
 
Colesterol e hipertensãoO colesterol é uma gordura que nosso corpo precisa para funcionar normalmente. Parte do colesterol do sangue é produzida pelo organismo e outra parte vem da alimentação. O excesso de colesterol pode produzir o entupimento das artérias, favorecendo o aparecimento da hipertensão arterial e do infarto do miocárdio. As pessoas que têm o colesterol alto não apresentam sintomas, sendo necessária a realização de exames de sangue para diagnóstico. Uma alimentação balanceada ajuda a manter o nível de colesterol adequado para o organismo.
 
Que cuidados devo ter com meus filhos se tenho pressão alta? Quem tem pressão alta deve orientar seus filhos a medir a pressão a cada seis meses ou no máximo a cada ano, para que o diagnóstico da doença seja feito pouco tempo depois do seu aparecimento.
 
Pressão alta tem cura? A pressão alta é uma doença crônica e dura a vida toda. Ela pode ser controlada, mas não curada. Na maioria das vezes, não se conhece o que causa a pressão alta nem como curá-la, mas é possível controlar a doença, evitando que a pessoa tenha a vida encurtada. O tratamento para pressão alta também evita o infarto do coração, o derrame cerebral e a paralisação dos rins.
 
O que são hipertensos do jaleco branco? São pessoas que só têm pressão alta quando esta é medida em consultório médico. Fora do consultório, ela é normal. Para saber se existe hipertensão do avental branco, o médico precisa conhecer a pressão do paciente no consultório e a pressão medida na casa do paciente ou adotar a monitorização ambulatorial, que mede a pressão durante 24 horas com aparelho automático.
 
Como se trata a hipertensão arterial O tratamento da hipertensão arterial é por toda a vida. É de evidência que a doença, na maioria das vezes, não tem cura, mas tem tratamento e controle. A redução da pressão arterial por dieta, exercícios físicos, perda de peso e medicação, tem efeito na prevenção de complicações, permitido que a paciente leve vida normal.
 
Grande número de pacientes têm sua pressão reduzida apenas com a eliminação do sal e de alimentos com alto conteúdo de sal, como conservas, enlatados, alimentos processados e industrializados. A perda de peso tem impacto sobre o controle da pressão, muitas vezes eliminando a necessidade de medicamentos.
 
Estes, por sua vez, reduzem o risco de infarto, falência renal e derrame cerebral, podendo e devendo ser usados quando as simples medidas higieno-dietéticas não controlam a pressão. Hoje, numerosas são as classes de medicamentos destinados a controlar a pressão arterial, cada uma exercendo efeito diferente e, dentro de cada classe, há muitos medicamentos disponíveis. Por este motivo, hoje em dia é muito raro encontrarmos pacientes resistentes à combinação de agentes anti-hipertensivos.
 
Dentre os medicamentos mais utilizados, encontramos os diuréticos, que neste caso, não se destinam a fazer com que os pacientes urinem mais, como muitos pensam. Na verdade, os diuréticos e combinações são administrados em baixas doses e ajudam os vasos sangüíneos a se relaxarem, consequentemente baixando a pressão. Os diuréticos também são comumente prescritos em associação com outros agentes em baixas doses, sendo que um potencializa a ação do outro, com menos efeitos colaterais do que quando cada droga é utilizada isoladamente em doses maiores.
 
Os betabloqueadores, por sua vez reduzem a força da contração cardíaca, conseqüentemente baixando a pressão. Na maioria das vezes são bem tolerados, mas podem causar depressão, fadiga e, eventualmente, impotência sexual.
 
Os bloqueadores dos canais de cálcio relaxam a musculatura das artérias e também podem diminuir a força de contração do coração. Podem provocar inchação dos pés, dor de cabeça, vermelhidão, constipação intestinal.
 
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina previnem a produção de um agente natural, a angiotensina II, um potente constritor dos vasos sangüíneos com conseqüente relaxamento dos vasos e queda da pressão. Estes medicamentos costumam ser muito bem tolerados, mas alguns pacientes são obrigados a suspendê-los devido ao aparecimento de tosse seca. Outros mais raramente podem desenvolver insuficiência renal, podendo porém, ser facilmente identificados por exames de sangue antes que esta complicação ocorra.
 
Os inibidores dos receptores da angiotensina II são os mais novos armamentos do arsenal de drogas contra a hipertensão arterial. Seu mecanismo de ação é por bloqueio da ação da angiotensina II sobre os locais onde ela age, e não por inibição de sua produção. Por isso sua ação é parecida com a dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, mas são excepcionalmente bem tolerados e não produzem tosse.
 
Existem outras classes de medicamentos, como os vasodilatadores alfa-bloqueadores, os alfa-agonistas centrais e os novos bloqueadores dos receptores imidazolínicos. É preciso salientar que o controle da hipertensão arterial em diabéticos deve ser muito mais intenso, pois estes pacientes encontram-se em risco muito maior para o desenvolvimento (rápido) de lesões dos vasos sangüíneos. Para estes, é necessário garantir a obtenção de cifras mais baixas, em torno de 130/75 mmHg.
 
Técnicas de terapia alternativa como acupuntura e relaxamento podem ser úteis e têm ganhado mais aceitação. A melhor abordagem para o problema da hipertensão arterial é a conscientização do público sobre seus riscos, e a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento permanente, antes que o dano irreversível se instale. Medidas simples, não medicamentosas, mas que consistem numa modificação de hábitos de vida não saudáveis resolvem a maioria dos casos.
 
Quais os efeitos da atividade física no controle da pressão arterial e quais são as modalidades de atividades físicas indicadas? A prática regular de atividades físicas promove uma série de alterações benéficas ao sistema cardiovascular do indivíduo hipertenso, auxiliando no controle da pressão arterial, resultando muitas vezes na redução de medicamentos hipertensivos ou mesmo na eliminação do medicamento.
 
O exercício ajuda no controle de outros fatores de risco normalmente presentes no indivíduo hipertenso, levando à prevenção da doença da artéria coronária. Apesar desses efeitos benéficos, o exercício pode ser considerado como um risco se praticado de forma inadequada.
 
Dessa forma, em se tratando de hipertensos idosos, que portanto podem apresentar doença cardiovascular sem saberem ou podem estar tomando medicamentos que interferem com a freqüência cardíaca (principalmente beta-bloqueadores), a execução do teste ergométrico máximo executado sob a vigência do medicamento, antes do início do treinamento.
 
A partir do resultado do teste, as atividades recomendadas são exercícios aeróbios, preferencialmente aqueles que permitem a medida da pressão arterial durante a execução, executados 3 a 5 vezes por semana, com duração em torno de 30 a 50 minutos e intensidade leve a moderada, para hipertensos
 
A prática de exercícios físicos em pacientes com Hipertensão é segura? Têm-se que a prática de exercício físico é, de modo geral, bastante segura. Mesmo em pacientes cardíacos envolvidos em programa de reabilitação, a taxa de complicações atribuíveis à prática de exercício varia entre 1/100.000 até 1/300.000 e o risco de eventos cardíacos adversos diminui com a prática regular de atividade física.
 
O médico poderá ter uma idéia geral do estado de saúde e prescrever atividade física adequada, ou ainda contra indicar a prática de atividade física até que haja condições adequadas, por exemplo. É necessário estar com a pressão controlada antes de começar a se exercitar, pois durante o exercício a pressão costuma subir.
 
Durante o exercício físico os principais sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar imediatamente atendimento médico são: dor torácica em aperto precipitada por exercício, sensação anormal de falta de ar ou cansaço durante o exercício, tontura ou palpitações cardíacas precipitada pelo esforço.
 
Após os 40 anos pode ser útil procurar atividades de menor impacto, pelo menos no início, tais como, hidroginástica, natação ou bicicleta ergométrica. Além da prática de exercício formal, é possível exercitar se também no dia-a-dia: pode-se usar escadas ao invés de elevador, descer do ônibus um ponto antes e caminhar uma parte do percurso, parar o carro um pouco mais longe do destino e caminhar um trecho.
 
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Dr. Decio Mion Junior,Dr. Carlos A. Segre
 
Como o exercício físico ajuda no controle da pressão alta? O exercício físico ajuda a baixar a pressão. Muitas vezes, quem tem pressão alta e começa a fazer exercícios pode diminuir a dose dos medicamentos, ou mesmo ter a pressão arterial controlada sem o uso de remédios.
 
O exercício físico adequado não apresenta efeitos colaterais e traz vários benefícios para a saúde, tais como ajudar a controlar o peso e a pressão arterial, diminuir as taxas de gordura e açúcar no sangue, elevar o “bom colesterol”, diminuir a tensão emocional e aumentar a auto-estima. Para realizar exercícios físicos adequadamente, siga as seguintes dicas:
 
A prática regular de exercícios aeróbicos (por exemplo: caminhada, natação) 30 a 45 minutos no mínimo 3 vezes por semana, além de relaxar, ajuda a reduzir os triglicérides, o colesterol, a combater o diabetes e a obesidade. Algumas pessoas deixam de ser hipertensas apenas com a prática de exercícios.
 
Dicas para realizar atividades físicasNão obrigue o corpo a grandes e insuportáveis esforços. Quem não está acostumado a fazer exercícios e resolve “ficar em forma” de uma hora para outra prejudica a saúde. Vá com calma.
 
Pergunte ao médico se sua pressão está controlada e se você pode começar a se exercitar.Faça um teste ergométrico (caminhar na esteira ou pedalar bicicleta, medindo a pressão arterial e a freqüência cardíaca). O médico ou um professor de educação física pode orientar sobre a melhor forma de fazer exercício
 
Os exercícios dinâmicos, como andar, pedalar, nadar e dançar, são os mais indicados para quem tem pressão alta. Devem ser feitos de forma constante, sob supervisão periódica e com aumento gradual das atividades.
 
A intensidade dos exercícios deve ser de leve a moderada, pelo menos 30 minutos por dia, três vezes por semana. Se puder, caminhe diariamente. Se não puder cumprir todo o tempo do exercício em um só turno, faça-o em dois turnos. Os exercícios estáticos, como levantamento de peso ou musculação, devem ser evitados, porque provocam aumento muito grande e repentino da pressão.
 
Ao realizar exercícios, contente-se com um progresso físico lento, sem precipitações e com acompanhamento médico. Procure realizá-los com prazer.
 
Benefícios dos exercícios físicos para o controle da hipertensão O efeito do exercício físico sobre o controle da pressão arterial é independente da perda de peso que ele pode proporcionar. Sabe-se que a atividade física não diminui o risco cardiovascular somente através da queda na pressão, melhora também o nível de colesterol, e o perfil glicêmico.
 
Em pacientes hipertensos que associam exercício ao uso de medicação anti-hipertensiva, o controle da pressão é mais fácil, podendo diminuir a quantidade de medicação necessária para o controle. A atividade física pode ser incorporada ao cotidiano de cada um, sem que seja necessário estabelecer uma programação formal. Existem muitos exemplos: pode-se ir andando para o trabalho, estacionar o carro a uma boa distância do destino, usar escadas ao invés de elevador, descer do ônibus um ponto antes. Existem também hobbies que envolvem atividade física, por exemplo, danças de salão ou marcenaria.
 
O que é hipotensão pós-exercícios? A hipotensão pós-exercício se deve a vários motivos: com o término da atividade física, o coração diminui a freqüência e o volume de sangue bombeado, os músculos param de se contrair ritmicamente, mas os mediadores liberados, entre eles o ácido lático permanecem na circulação e mantém a vasodilatação. Além disso, o exercício causa aumento da temperatura corpórea e para aumentar a perda de calor ocorre mais vasodilatação, o território vascular que irriga a pele se dilata, a pessoa fica vermelha e aumenta a sudorese.
 
Entenda que o nosso sistema circulatório funciona como uma mangueira de jardim, numa extremidade está o coração que, como uma torneira, injeta sangue no sistema. Na outra extremidade ficam os diversos órgãos, a mangueira se subdivide para poder irrigar cada um deles. Conforme variam as necessidades, a cada momento, o corpo pode regular o fluxo de sangue para cada órgão, como se em cada ponta da mangueira houvesse uma pequena torneira.
 
Quando fazemos exercício físico existe uma contração ativa da musculatura dos braços e pernas, e esta atividade libera uma série de mediadores na circulação sangüínea. Isto faz com que aumente o fluxo de sangue para os músculos. A atividade muscular pode absorver grande parte do fluxo sangüíneo total. Para que isto ocorra, a maioria dos pequenos vasos do corpo aumenta de calibre, esta é a chamada vasodilatação. O efeito somado da dilatação dos vasos em todo o território muscular faz com que a pressão arterial caia.
 
A queda na pressão é mais pronunciada se a atividade física ocorreu continuamente por pelo menos vinte minutos. Nos hipertensos, a hipotensão pós exercício é mais prolongada do que nos normotensos, chegando a durar 12 horas.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão
 
A musculação pode ser praticada por pessoas hipertensas? Até recentemente, somente o exercício dinâmico era recomendado para hipertensos. A contra-indicação ao treino de força tem por base o fato de que neste tipo de exercício ocorre uma contração súbita e sustentada de um grupamento muscular contra resistência levando momentaneamente a um grande aumento das pressões sistólica e diastólica.
 
Isto faz com que os halterofilistas tenham um aumento não somente da musculatura dos braços e pernas, mas também da musculatura cardíaca e das artérias. Trabalho publicado no ano 2000 analisou 11 publicações sobre exercício estático para hipertensos mostrou que este tipo de exercício provoca uma pequena redução na pressão arterial, sem que no entanto, proporcione perda de peso.
 
A Sociedade Americana de Cardiologia publicou, no início de 2000, artigo incentivando os exercícios isométricos, desde que combinados com os do tipo aeróbico. Os exercícios de musculação podem ser feitos três vezes por semana durante trinta minutos. Esta modalidade de exercício foi considerada segura para pessoas com pressão arterial de até 160 x 100.
 
Vale ressaltar que o exercício aeróbico traz maior diminuição da pressão do que o isométrico e proporciona também perda de peso, que pode ser importante para muitos hipertensos.
 
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão 
 
Complicações da hipertensão arterialAs conseqüências da hipertensão nos diversos órgãos estão relacionadas principalmente à arteriosclerose que é a lesão na parede dos vasos e também à sobrecarga para o funcionamento de alguns deles. A hipertensão faz com que aumente a força do fluxo de sangue na parede dos vasos, isto pode causar feridas dentro deles que cicatrizam de um modo exagerado formando o trombo. Esta cicatriz pode entupir vasos de calibre menor e impedir a chegada de sangue.
 
Se um trombo se forma num vaso do coração, pode ocorrer um infarto, que é a morte de tecido cardíaco. Se a mesma lesão ocorrer num vaso que irriga o cérebro, pode ocorrer um derrame, ou acidente vascular cerebral. O coração é um órgão particularmente suscetível na hipertensão, porque o aumento da pressão faz com que ele tenha que bombear sangue com muito mais força. Como ele é um músculo, ao fazer mais força ele aumenta de tamanho como o bíceps de um halterofilista, este aumento dificulta ainda mais a chegada de oxigênio e nutrientes.
 
O rim, cuja função é filtrar o sangue que passa por ele, também fica sobrecarregado. Para que o sangue seja filtrado, ele atravessa poros microscópicos. A hipertensão aumenta a pressão de filtração e alarga os poros, com isso, proteínas como a albumina, que normalmente ficariam no sangue perdem-se na urina. Se não houver tratamento, esta perda de proteínas leva a uma piora gradual do funcionamento do rim e à insuficiência renal.
 
Já na retina a hipertensão dificilmente causa perda de visão como faz o diabetes, utiliza-se o exame de fundo de olho pois ele permite o exame direto dos vasos, que aparecem estreitados. Se houver este tipo de alteração, infere-se que outros vasos do corpo devem também ter lesão pela arteriosclerose e o tratamento da pressão deve ser mais agressivo.
 
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Dr. Decio Mion Junior; Carlos A. Segre
 
Cirurgias em pacientes com hipertensãoPesquisas em cirurgia não cardíaca mostram que pressão arterial abaixo de 180/110 não é um fator de risco para complicações cardiovasculares, mas o tratamento e controle de hipertensão estão associados a menores taxas de mortalidade por doença coronária e acidente vascular cerebral fora do ambiente cirúrgico. Além disso, há uma excessiva variação intra-operatória da pressão e isquemia miocárdica detectável ao ECG em pacientes com hipertensão pré-operatória.
 
Nestes casos, há também maior morbidade cardíaca pós-operatória. Estes problemas podem ser evitados com o tratamento. Antes da cirurgia, o paciente hipertenso deve ser submetido a uma avaliação geral procurando lesão em órgãos alvo da hipertensão: rins, coração e exame de fundo de olho.
 
Com hipertensão leve ou moderada, sem anormalidades metabólicas ou cardiovasculares, não há evidências de que seja benéfico adiar a cirurgia, entretanto hipertensão estágio III, isto é pressão arterial maior que 180/110 deve ser controlada antes da cirurgia. Para pacientes com hipertensão leve de início recente o tratamento pode ser adiado para depois da cirurgia de modo a evitar instabilidade na freqüência cardíaca ou na pressão arterial.
 
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão.  
As principais conseqüências da Hipertensão As conseqüências da hipertensão nos diversos órgãos estão relacionadas principalmente à arteriosclerose, que é a lesão na parede dos vasos e também à sobrecarga para o funcionamento de alguns deles. A hipertensão faz com que aumente a força do fluxo de sangue na parede dos vasos, isto pode causar feridas dentro deles que cicatrizam de um modo exagerado formando o trombo. Esta cicatriz pode entupir vasos de calibre menor e impedir a chegada de sangue.

Se um trombo se forma num vaso do coração, pode ocorrer um infarto, que é a morte de tecido cardíaco. Se a mesma lesão ocorrer num vaso que irriga o cérebro, pode ocorrer um derrame, ou acidente vascular cerebral. O coração é um órgão particularmente suscetível na hipertensão, porque o aumento da pressão faz com que ele tenha que bombear sangue com muito mais força.
 
Como ele é um músculo, ao fazer mais força ele aumenta de tamanho como o bíceps de um halterofilista, este aumento de tamanho dificulta ainda mais a chegada de oxigênio e nutrientes. O rim, cuja função é filtrar o sangue que passa por ele, também fica sobrecarregado; para que o sangue seja filtrado, ele atravessa poros microscópicos. A hipertensão aumenta a pressão de filtração e alarga os poros, com isso, proteínas como a albumina, que normalmente ficariam no sangue perdem-se na urina.
 
Se não houver tratamento, esta perda de proteínas leva a uma piora gradual do funcionamento do rim e à insuficiência renal. Já na retina a hipertensão dificilmente causa perda de visão como faz o diabetes, utiliza-se o exame de fundo de olho pois ele permite o exame direto dos vasos, que aparecem estreitados. Se houver este tipo de alteração, infere-se que outros vasos do corpo devem também ter lesão pela arteriosclerose e o tratamento da pressão deve ser mais agressivo.
 
Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Dr. Decio Mion JuniorDr. Carlos A. Segre
 
O derrame cerebral e sua associação com a HipertensãoO acidente vascular cerebral (AVC) popularmente chamado de derrame ocorre por falta de suprimento sangüíneo a uma determinada região do cérebro e conseqüente morte de tecido cerebral. A interrupção no fluxo sangüíneo normal pode ocorrer de dois modos: a artéria pode ser obstruída por uma placa, de modo semelhante ao que acontece no infarto do miocárdio, este é o chamado AVC isquêmico ou a artéria se rompe e o sangue se espalha pelo tecido cerebral o chamado AVC hemorrágico.
 
É muito comum associar-se dor de cabeça com AVC. O AVC hemorrágico pode estar associado a dor de cabeça, geralmente uma dor de cabeça de início súbito, muitas vezes a pessoa se lembra do que estava fazendo quando a dor começou. A cefaléia geralmente é descrita como a pior dor que a pessoa já teve na vida. Em alguns casos a dor pode preceder em alguns dias a ruptura do vaso, é a chamada cefaléia sentinela, acredita-se que haja uma micro ruptura do vaso, sem que o sangue chegue a se espalhar.
 
Muitas vezes antes de um AVC ocorrem pequenas obstruções ou rupturas de vasos cerebrais, que correspondem aos acidentes isquêmicos transitórios (AIT), cujos sintomas são iguais aos de um AVC mas revertem espontaneamente em até 24 horas, mais comumente na primeira hora após o início. Os sinais de alerta que indicam a busca imediata de assistência médica são: parestesias ou alteração de sensibilidade na face, braço ou perna. Perda súbita da visão, principalmente se unilateral, dificuldade súbita à fala, cefaléia de início súbito de causa desconhecida.
 
Tontura, desequilíbrios ou queda inexplicada, principalmente se associados aos outros sinais citados. Estes sinais tanto podem ser indicativos de um AIT quanto de um AVC em progressão Os sintomas de um AVC irão depender do lado e da região do cérebro que foi acometida. Geralmente ocorre fraqueza em um dos lados do corpo e alterações da fala. Pode haver também dificuldades específicas para entender as palavras (afasia) ou para pronunciá-las (disartria).
 
As seqüelas de um AVC variam muito individualmente, as pessoas podem passar a ter dificuldade para segurar a urina ou fezes, cansar-se facilmente ou apresentar labilidade com explosões de alegria e tristeza. As dificuldades motoras podem chegar a ponto de causar úlceras de decúbitos ou escaras se não houver cuidado adequado. Algumas vezes, o paciente não se dá conta do grau de seqüela, frustrando-se ao tentar realizar tarefas ou então se colocando em risco sem perceber.
 
Para prevenir um AVC, deve-se controlar a hipertensão arterial e parar de fumar. A hipertensão aumenta o risco de derrame em até quatro vezes, e o tabagismo dobra o risco. O controle da hipertensão reduz o risco em aproximadamente 40% e após parar de fumar o risco cai pela metade após um ano e volta ao de não-fumantes em 5 anos.
 
Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Dr. Decio Mion JuniorDr. Carlos A. Segre
 
 
O que é HDLO colesterol não é solúvel no plasma e precisa ser transportado por dentro de compostos chamados lipoproteínas, o HDL ou high density lipoprotein, lipoproteína de alta densidade, transporta o colesterol que se deposita nos vasos de volta para o fígado, de onde ele pode ser novamente mandado para a circulação ou então ser excretado na bile.
 
Além desta função o HDL parece também evitar a oxidação do LDL que se deposita nas paredes dos vasos e diminuir a adesão entre as plaquetas, que num segundo momento podem formar um coágulo por cima de um local onde o colesterol se depositou. Já há alguns anos sabe-se que altos níveis de HDL diminuem o risco de doença cardíaca.
 
Hoje, níveis de HDL de 35 ou menos são considerados fator de risco para doença cardíaca e as pessoas que têm um HDL de 85 ou mais tem um risco de doença cardíaca aproximadamente 50% menor do que a média das pessoas, mesmo com níveis de LDL próximos a 200 mg/dL. O oposto também é verdadeiro, isto é, com níveis de HDL muito baixos, o risco cardiovascular pode ser alto mesmo com baixos níveis de LDL.
 
Por este motivo, cada vez mais, usa se a razão LDL/HDL para estimar risco cardiovascular. Além do fator genético, os principais fatores que fazem aumentar os níveis de HDL são: perda de peso, atividade física, o consumo de álcool. A dieta influi pouco nos níveis de HDL, a menos que cause emagrecimento.
 
Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Dr. Decio Mion JuniorDr. Carlos A. Segre
 
Por que a obesidade e o excesso de peso são prejudiciais para o controle da pressão arterial? A obesidade e o excesso de peso aumentam consideravelmente o risco de pressão alta, além de propiciar excesso de gordura no sangue, diabetes, doença cardíaca, derrame, doenças respiratórias, cálculo na vesícula e câncer de próstata, mama, útero e cólon. Quem tem pressão alta, ao ganhar peso, terá sua pressão mais elevada e, ao perder peso, uma queda da pressão.
 
A perda de peso, tanto nos obesos quanto naqueles com excesso de peso, reduz o risco de diabetes e doenças do coração, porque proporciona a redução do açúcar e das gorduras do sangue, como os triglicérides, o colesterol total e o colesterol ruim (LDL-colesterol), que se deposita nas artérias. Além disso, a perda de peso ainda aumenta o colesterol bom (HDL-colesterol), que retira colesterol do sangue, evitando, assim, o seu acúmulo nas artérias. Os grandes segredos para a redução de peso são dieta e atividade física. Para perder ou evitar ganhar peso, siga as dicas abaixo.
 
Dicas para dieta adequadaA dieta deve ser planejada individualmente, baseada na alimentação habitual de cada um. Evite dietas milagrosas. Prefira peixes, frango sem pele ou carnes magras, retirando toda a gordura visível. Consuma-os, de preferência, grelhados ou assados e com pouco óleo.
 
Evite carnes gordurosas, vísceras (fígado, coração, rins), embutidos (lingüiça, paio, salsicha, toicinho defumado), frios (mortadela, presunto, salame) e frutos do mar (camarão). Prefira leite desnatado, iogurte desnatado, queijo branco ou ricota.
 
Evite leite integral, creme de leite, manteiga, margarina sólida, iogurte integral, queijos cremosos e maioneses. Modere o consumo de ovos, dando preferência à clara ou ao ovo sem colesterol. Prefira margarina com óleo vegetal e pouca quantidade de gordura saturada. Use apenas óleos vegetais (girassol, milho, soja, canola, azeite de oliva).
 
Evite frituras, banha de porco, toicinho defumado, gordura de coco e óleo de dendê. Prefira pães com pouca gordura, como a maioria dos pães e cereais integrais (aveia, trigo, farelo), massas sem gema de ovo, ervilha, feijão, grão-de-bico, lentilha, batata cozida ou assada simples, arroz e mandioca.
 
Consuma verduras, legumes e frutas diariamente, de preferência crus.
Evite açúcar e doces. Lembre-se de que as bebidas alcoólicas têm muitas calorias e, portanto, também devem ser evitadas pelas pessoas que precisam reduzir o peso. Exercícios físicos como caminhada, pelo menos três vezes por semana durante 30 minutos, ajudam a controlar o peso.
 
Como o álcool pode alterar a pressão arterial? As bebidas alcoólicas elevam a pressão arterial. Portanto, a redução do consumo de álcool é eficaz para diminuir a pressão arterial e pode prevenir a pressão alta. As bebidas alcoólicas possuem etanol, substância tóxica que lesa órgãos como o cérebro, o coração, o fígado e o pâncreas. Além disso, elas podem piorar a gastrite, dificultar a perda de peso (pois possuem muitas calorias) e retardar os reflexos, dificultando dirigir automóvel.
 
Dicas sobre consumo de bebida alcoólicaPreferencialmente, deve-se evitar ingerir bebidas alcoólicas, porém seu consumo em pequena quantidade é permitido. Beber pouco corresponde a beber de 10 a 30 g/dia, no máximo, de etanol.
 
A quantidade de 10 g de etanol equivale a uma lata de 330 ml de cerveja (4% de etanol),a um copo de 110 ml de vinho (12% de etanol)ou a uma dose de 30 ml de um destilado (40%de etanol) como uísque, pinga ou vodca.
 
Quem quer perder peso deve evitar as bebidas alcoólicas, porque uma garrafa de cerveja tem 300 calorias; um copo de vinho,100 calorias; e uma dose de uísque, pinga ou conhaque, 120 calorias. As bebidas alcoólicas, em grande quantidade, podem aumentar os efeitos dos remédios que baixam a pressão, reduzindo-a exageradamente. Não deixe de tomar os remédios para poder beber
 
O sal faz mal para quem tem pressão alta? O sal faz o corpo reter mais líquido, e o aumento do volume de líquido faz a pressão subir. No entanto, não há necessidade de comer sem sal. Deve-se, sim, evitar o exagero, como colocar sal na comida pronta ou comer alimentos que contêm muito sal. Cerca da metade das pessoas é mais afetada pelo cloreto de sódio, o sal de cozinha. Essas pessoas são denominadas “sensíveis ao sal”.
 
Para esses indivíduos é importante comer com pouco sal, para evitar que a pressão se eleve. Nas pessoas não-sensíveis a esse condimento, o aumento da pressão com seu uso é pequeno. Os brasileiros consomem em média quatro a cinco colheres de café cheias de sal por dia, ou seja, dez gramas. O nosso corpo precisa de bem pouco sal, muito menos do que uma colher de café por dia (2,5g/dia). Essa quantidade existe nos próprios alimentos. Para evitar o excesso desse condimento na alimentação, siga as seguintes dicas.
 
Algumas dicas para evitar o excesso de salUse o mínimo de sal no preparo dos alimentos,substituindo-o por temperos naturais como salsinha, cebola, orégano, hortelã, limão, alho, manjericão, coentro e cominho. Evite acrescentar sal aos alimentos já prontos. Evite carnes gordurosas, vísceras (fígado, coração, rins), embutidos (lingüiça, paio, salsicha, toicinho defumado), frios (mortadela, presunto, salame) e frutos do mar (camarão).
 
Evite embutido como salsicha, mortadela,lingüiça, presunto, salame e paio.
 
Os remédios para pressão alta causam impotência sexual em homens? Atualmente, existem remédios que controlam a pressão alta sem interferir na sexualidade. No entanto, se acontecer alguma alteração na sua atividade sexual, entre em contato com seu médico. É importante lembrar que é a pressão alta não tratada que pode causar impotência sexual, porque endurece os vasos do pênis, prejudicando a atividade sexual.
 
Quem tem pressão alta? Em geral, a pressão alta afeta homens na faixa de 30 anos de idade. Na mulher a hipertensão arterial surge por volta dos 45 anos, na época da menopausa. O número de pessoas hipertensas é muito maior entre os idosos.Todas as pessoas, mesmo que não sintam nada, devem verificar a pressão pelo menos uma vez por ano. Para evitar erros é importante que a medição seja feita por profissionais treinados.
 
Quem tem maiores chances de desenvolver hipertensão arterial? A hipertensão é mais comum em adultos e idosos, apesar de poder ocorrer em qualquer idade. Sabe-se que é maior na raça negra, em diabéticos, em homens até 50 anos e em mulheres após 50 anos e, principalmente, em indivíduos que têm casos de hipertensão na família.
 
De que forma posso saber se sou hipertenso? Através da medição da pressão arterial, feita após um período de descansado, confortável, durante, no mínimo, 5 minutos e, pelo menos, 30 minutos após fumar, ingerir café, bebida alcoólica ou alimentar-se. Pelo fato de as medidas da pressão arterial serem variáveis em muitos indivíduos, o diagnóstico de hipertensão deve ser feito após verificação do aumento por 3 leituras em ocasiões diferentes, preferencialmente durante um período de vários meses, a não ser que os aumentos sejam graves ou acompanhados de sintomas. Considera-se hipertensão arterial quando os valores são iguais ou superiores a 140 milímetros de mercúrio (máxima)90 milímetros de mercúrio (mínima).
 
Filhos de pais hipertensos têm tendência a desenvolver hipertensão arterial? Sim. A maioria dos filhos de hipertensos tende a ser hipertensos.
 
Pessoas com níveis de pressão bem controlados poderão, algum dia, ter a medicação suspensa? Naquelas pessoas que apresentam um controle satisfatório da pressão arterial por vários anos, especialmente se perdeu peso e adotaram modificações favoráveis do estilo de vida, dever-se-ia tentar uma diminuição das doses ou, se possível, descontinuação do uso de medicamentos. Mas a descontinuação gradual da terapia parece ser mais efetiva em pessoas sem hipertensão severa que estão controlados com apenas um medicamento e que podem ser mantidos em terapia não-farmacológica.
 
Posso tomar o mesmo tipo de remédio que minha esposa (ou marido), vizinho ou amigo toma? Não, cada paciente deve tomar um medicamento específico, prescrito pelo seu médico.
 
Medicamento para o tratamento da hipertensão causa impotência ou diminuição do desejo sexual? Nem todo medicamento causa este tipo de problema. Na verdade, a impotência pode ser conseqüência da hipertensão não tratada a longa data. Alguns medicamentos podem interferir neste aspecto. Converse com o seu médico.
 
Quando minha pressão volta aos níveis normais, posso parar de tomar os remédios? Não, continue tomando os remédios prescritos, senão a pressão voltará a subir em poucos dias.
 
No dia da consulta devo tomar o remédio normalmente ou devo ir ao médico sem tomar? Deve se tomar regularmente seus remédios, inclusive no dia da consulta.
 
Todo paciente com pressão alta tem a necessidade de usar medicamentos para baixar a pressão? Não, alguns pacientes podem ser tratados apenas com medidas não farmacológicas (dieta, exercícios).
 
Dicas para controlar a pressão arterial Se você tem pressão alta é importante trabalhar em conjunto com seu médico, planejando um programa de controle adequado. Tome seus remédios regularmente, como prescrito. Caso você sinta algo diferente após a ingestão, informe ao médico.
 
Compareça ao consultório nas datas marcadas de controle de sua pressão, o que permitirá ao médico tomar as providências adequadas. Caso o médico recomende, aprenda como medir sua pressão em casa. Peça-lhe que indique a aparelhagem necessária e lhe ensine a usá-la.
 
Controlando e Prevenindo a HipertensãoControle periodicamente sua pressão arterial. Deixe de fumar. Minimize o uso de álcool. Mantenha seu peso ideal. Faça exercícios físicos sob orientação médica. Evite alimentos ricos em gorduras. Diminua o sal nos seus alimentos. Evite a tensão. Enfrente melhor sua vida.

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